O Câncer, uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, é um termo usado para definir doenças causadas quando células anormais do corpo se dividem rapidamente e invadem os tecidos e órgãos. 1,3

Confira abaixo, os principais tipos de Câncer:

Câncer de pele 4-7

O Câncer de Pele é um dos cânceres mais comuns no Brasil. Ele pode ser dividido em dois grupos: o não-melanoma, mais frequente no país e menos agressivo, e os melanomas, mais agressivos e menos comuns.  Os principais fatores de risco são: fatores genéticos, histórico familiar de Câncer de Pele e radiação ultravioleta (UV). Os sintomas mais comuns são: aparecimento de lesão na pele, pintas pretas ou castanhas que mudam sua cor, textura, tornam-se irregulares nas bordas e aumentam de tamanho ou manchas/ feridas que não cicatrizam. Estar alerta para alterações na sua pele pode ajudar a obter um diagnóstico mais cedo e, com isso, pode contribuir para melhores prognósticos da doença.

Câncer de Próstata 2, 8,9

O Câncer de Próstata é o mais comum entre os homens brasileiros. Em 2017 ocorreram 15.391 óbitos de Câncer de Próstata, o equivalente ao risco de 15,25/100 mil homens. Alguns homens apresentam mais riscos do que outros de ter a doença. O risco aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos, além do histórico familiar, com pai ou irmão que tem ou já tiveram o Câncer de Próstata. Silenciosa, essa neoplasia em fase avançada pode provocar dor óssea, sintomas urinários, ou quando em estado mais grave, infecção generalizada e insuficiência renal.  Se não tratado, pode se espalhar para outros órgãos, aumentando a gravidade da doença.

Câncer de Mama 2, 10,11

O Câncer de Mama representa a principal causa de morte por Câncer em mulheres brasileiras. Possui maior prevalência em mulheres entre 40 e 60 anos, porém, alguns fatores de risco aumentam a probabilidade, tais como: idade avançada, características reprodutivas, histórico familiar e pessoal, hábitos de vida e influências ambientais.  Os primeiros sintomas do Câncer de Mama geralmente aparecem como uma área de tecido espessado na mama ou um nódulo, que pode ser na mama ou na axila. A pele da mama pode ficar avermelhada, sofrer alterações no bico do peito e pode haver também a saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

Câncer de Pulmão 12,13

No mundo, o Câncer de Pulmão configura-se entre os principais em incidência, ocupando a primeira posição entre os homens e a terceira posição entre as mulheres, sendo muito prevalente em pessoas entre 50 e 70 anos. O tabagismo causa a maioria dos cânceres de pulmão, com risco de desenvolvimento de 10 a 30 vezes maior. As outras causas são: presença de doença pulmonar pré-existente, exposição ocupacional (asbesto, urânio, cromo, agentes alquilantes, entre outros), além de histórico de Câncer de Pulmão na família. Infelizmente o diagnóstico costuma ser tardio, pois os sintomas aparecem quando a doença já se encontra em estágio avançado. Por isso, é importante ficar atento aos seguintes sintomas: tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, sensação de cansaço e falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite.  O total de casos novos estimados para essa doença, em 2018, no mundo, representou 1,37 milhão em homens e 725 mil em mulheres, correspondendo a um risco estimado de 35,5/100 mil homens e 19,2/100 mil mulheres.

Câncer de Cólon e Reto 14,15

O Câncer de Cólon e Reto possui causa desconhecida. Fatores como: idade, histórico familiar da doença do cólon, má alimentação (baixo consumo de fibras e alta ingestão de carnes processadas), consumo excessivo de álcool, obesidade, inatividade física, tabagismo e doenças inflamatórias intestinais podem desempenhar um papel significativo no risco de desenvolver Câncer Colorretal. Os sintomas mais prevalentes são: alteração do hábito intestinal e emagrecimento, seguidos de dor abdominal, hemorragia retal e anemia. Esse tipo de Câncer pode ser tratado e curado quando precocemente diagnosticado.

Câncer de Estômago 16,17

É um Câncer que se forma nos tecidos que revestem o estômago e tem a infecção pela bactéria Helicobacter Pylori como principal fator de risco. Outros fatores de risco relacionados ao desenvolvimento do Câncer de Estômago são: excesso de peso e obesidade; consumo de alimentos preservados no sal; alimentação com baixa ingestão de frutas, vegetais e fibra integral, o consumo excessivo de álcool e tabaco, algumas exposições ocupacionais, como a exposição de trabalhadores rurais a agrotóxicos; e a exposição para a produção da borracha. Os sintomas são: perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal.

Câncer de Útero 18,19

O Câncer uterino é o mais comum do sistema reprodutor feminino. A faixa de idade com maior prevalência é entre 20 e 29 anos. O principal fator de risco para essa neoplasia é a infecção pelo Papilomavirus Humano (HPV). Os demais são: histórico familiar de Câncer de Útero, fatores ambientais, reprodutivos, uso prolongado de anticoncepcionais, hormônios, tabagismo, etilismo, má higiene pessoal, deficiências nutricionais, agentes infecciosos, processo inflamatório de diversas doenças, entre outros. Os sintomas são: corrimento vaginal incomum que não apresenta sinais de sangue, dor ao urinar, dor durante a relação sexual, dor na área pélvica e perda de peso não intencional. A prevenção com exame de Papanicolau possibilita maior chance de tratamento e cura.

Consulte um profissional da saúde para informações adicionais.  Este é um material informativo e não substitui a recomendação de um profissional da saúde.

 Referências

  1. Instituto Nacional do Câncer [Home page]. O que é Câncer? [acesso em 19 de dezembro de 2019]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer
  2. INCA [Home page]. Estatísticas de Câncer [acesso em 14 de fevereiro de 2020] Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer
  3. Organização Pan-Americana da Saúde [Home page]. Folha informativa – Câncer [Acesso em 19 de dezembro de 2019]. Disponível em:https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5588:folha-informativa-cancer&Itemid=1094
  4. Zink b. Câncer de Pele: a importância do seu diagnóstico, tratamento e prevenção. Brazilian Journal of Health and Biomedical Sciences, 2015;14(Supl.1):80-6.
  5. Popim Regina Célia, Corrente José Eduardo, Marino Jaqueline Aparecida Geromel, Souza Carolina Arantes de. Câncer de Pele: uso de medidas preventivas e perfil demográfico de um grupo de risco na cidade de Botucatu. Ciênc. saúde coletiva  [Internet]. 2008  Aug [cited  2019  Dec  18] ;  13(4 ): 1331-1336.
  6. Castilho I, Sousa M, Leite R. Fotoexposição e fatores de risco para o Câncer de Pele: uma avaliação de hábitos e conhecimentos entre estudantes universitários. An. Bras. Dermatol. 2010;85(2):173-178.
  7. Sociedade Brasileira de Dermatologia [Home page]. Câncer de Pele [acesso em: 18 de dezembro de 2019].  Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/
  8. Gomes R, Rebello L, Araújo F. A prevenção do Câncer de Próstata: uma revisão da literatura. Ciênc. saúde coletiva. 2008;13(1):235-246.
  9. Instituto Nacional do Câncer [home page]. Câncer de Próstata [ Acesso em 19 de dezembro de 2019]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata
  10. Instituto Nacional do Câncer [Home page]. Câncer de Mama [Acesso em 19 de dezembro de 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
  11. Silva P, Riul S. Câncer de Mama: fatores de risco e detecção precoce. Rev. bras. enferm. 2011;64(6):1016-1021.
  12. Barros J, et al . Diagnóstico precoce do Câncer de Pulmão: o grande desafio. Variáveis epidemiológicas e clínicas, estadiamento e tratamento. J. bras. pneumol. 2006;32(3):221-227.
  13. Instituto Nacional do Câncer [Home page]. Câncer de Pulmão [acesso em 19 de dezembro de 2019]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
  14. Vieira L, et al. Câncer Colorretal: entre o sofrimento e o repensar na vida. Saúde debate. 2013;37(97):261-269.
  15. Carneiro JN, et al. Câncer Colorretal: Características Clínicas e Anatomopatológicas em Pacientes com Idade Inferior a 40 Anos. Rev bras Coloproct, 2006;26(4):430-435.
  16. Muraro C. Câncer Gástrico precoce: contribuição ao diagnóstico e resultado do tratamento cirúrgico. Rev. Col. Bras. Cir. 2003;30(5):352-358.
  17. Instituto Nacional do Câncer [Home page]. Câncer de Estômago [acesso em 19 de dezembro de 2019]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-estomago
  18. Instituto Nacional do Câncer [Home page]. Câncer do Colo do Útero [acesso em 19 de dezembro de 2019]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero
  19. Ercília E, et al. Câncer Cervical: etiologia, diagnóstico e prevenção. Arq Ciênc Saúde. 2008;15(4):199-204.

NHS00081

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Atualmente existem mais de 100 tipos diferentes de cânceres.1 Estima-se que em 2020, o Brasil poderá ter cerca de 625 mil novos casos de câncer. 2

Dicas

RECUPERE O APETITE

O apetite pode ser melhorado com exercícios regulares e pelo habito de alimentar-se em um ambiente tranquilo e confortável. Refeições menores, porém com altos teores de proteínas e calorias ingeridas a cada duas horas são preferíveis, ao tradicional esquema de 3 refeições maiores. Pequenas quantidades de alimentos podem ser preparadas com antecedência e armazenadas de modo que estejam prontas e disponíveis quando o paciente tiver fome.


1- http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/supportivecare/nutrition/HealthProfessional/page4.

 Acessado em Dezembro de 2014

COMO CONTROLAR A NÁUSEA E O VÔMITO

COMO CONTROLAR A NÁUSEA E O VÔMITO

Os principais efeitos colaterais do tratamento do câncer são a náusea e o vômito.* Apesar da prescrição de certos medicamentos, comer antes do tratamento (ao invés de depois) e comer alimentos de fácil digestão em vez de alimentos pesados podem também ajudar. Alimentos que causam náuseas, tais como aqueles gordurosos ou com forte odor, devem ser evitados, bem como ambientes muito quentes ou com o odor da preparação de alimentos.1, 2


1-. http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/supportivecare/nausea/HealthProfessional/page6

Acessado em Dezembro de 2014

2- http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/supportivecare/nutrition/HealthProfessional/page4

Acessado em Dezembro de 2014

* A lista de sintomas não está completa, podendo variar de acordo com o paciente.

Dicas

COMO DIMINUIR O DESCONFORTO GASTROINTESTINAL

A diarréia é comum em pacientes com Cancer. * Para evitar desidratação e desequilíbrios minerais, o paciente deve tentar beber bastante líquidos, de preferência à temperatura ambiente ( pelo menos um copo de líquido após cada fezes soltas), evitar alimentos gorduroso e com teor elevado de fibras (por exemplo: repolho) e também alimentos flatulentos (por exemplo: ervilhas e goma de mascar ). Quanto para bebidas , a cafeína, o leite e refrigerante, devem ser evitados.


1- http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/supportivecare/nutrition/HealthProfessional/page4.

Acessado em Dezembro de 2014

* A lista de sintomas não está completa, podendo variar de acordo com o paciente.

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